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terça-feira, 12 de outubro de 2010

Verdadeira Infância

Tive a oportunidade de viver a infância nos anos 90. Dizem que foi a melhor década para ser criança, sinceramente acredito que seja verdade. Principalmente comparada com a (não) infância atual. Naquela época as crianças podiam brincar nas ruas : queimada, passa anel, gato mia, detetive de papel, amarelinha, pular corda, adedonha. Brincadeiras que a ‘nova geração’ quase não sabe que existem. E a televisão? Sem dúvidas era muito melhor (ou menos pior) do que a de hoje em dia. Pelo menos relacionada à desenhos animados. Quem não se lembra dos clássicos: O Fantástico Mundo de Bob, TV Colosso, TV Cruj, Doug Funnie, Pokémon, Digimon, Sailor Moon, Cavalo de fogo, Bananas de Pijamas. Os desenhos animados não incitavam a violência, preconceito, discriminação. Bons tempos. Backstreet Boys, N’sync, Spice Girls, Sandy & Jr, Chiquititas, Mamonas Assassinas: não conheço ninguém que tenha vergonha em admitir que ouvia. E a tecnologia? Eram poucos os que tinham um vídeo game: atari, game boy, mini game. E a maioria que usava, normalmente não trocava um dia inteiro brincando na rua por eles, jogavam a noite, em casa. Quem nunca colecionou tazo ou os gelocos da coca-cola? Quem nunca teve lego? Quem nunca teve um tamagoshi? Nos anos 90, maquiagem era coisa de gente grande, meninos fugiam de meninas, ou brincavam juntos. Crianças corriam na rua, subiam em árvore, se machucavam e morriam de medo de ter que passar merthiolate (que ardia – e muito). Naquela época, havia amor de verdade, amizade de verdade, infância de verdade. Eu vivi a infância da década de 90 e afirmo: vai ser difícil existir uma melhor. Agora me pergunto: o que será dessa nova geração que vive grudada na frente de um computador, ou de um vídeo game? O que será dessa nova geração que amadurece cada vez mais cedo? O que será dessa nova geração que não quer ser criança? Se pedirem um conselho, eu dou. Aproveite. A infância é a fase mais divertida da vida. Você pode se machucar, chorar e correr pro colo da mãe. Pode falar o que pensa e o que sente. Você pode ser quem você é sem se preocupar com o que os outros vão pensar. Você pode ser criança! A melhor coisa é depois de muito tempo se lembrar de tudo o que passou e dizer: ah, que saudade! 

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